por Lodônio de Poiri
“Não me deixe só”:
Eis a frase dita naquela manhã.
“Não me deixe só”:
A memória oculta quem proferiu.
“Não me deixe só”:
Neste labirinto, os ecos desafinam.
“Liberte-se de mim”:
O minotauro é guia na rota dos prazeres.
“Liberte-se de mim”:
As palavras seguem talhadas no bilhete.
“Liberte-se de mim”:
Rufar de cachoeira não assusta cardume.
Um dia supus encontrar saída:
alguma submersa passagem...
Mergulhei no rio profundo
e agora escuto os sons da iara...
Esquizofrênicos não tecem alegorias...
Esquizofrênicos não tecem alegorias...
Viajantes apreciam qualquer espetáculo.
Lodônio de Poiri é poeta e escritor. Um epicurista anarquista e vice-versa
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