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  • Foto do escritorArmazém na Estrada

Exangue

um poema por Hélverton Baiano

poema publicado na antologia

'Sala de espelhos : poetas e poemas'.

Leia o livro gratuitamente fazendo o download:


Um turbilhão de nervos

devora meus dias

e esconde em fantasias

meus vastos degredos.


Carcome o que ferve

as vísceras alvíssaras

meu corpo é servo

do que gasta em vermes.


Calibra meu sangue

descompassado equilíbrio

e jorra exangue

coração e fígado.


Meu corpo é alçapão

espreitando tormentos

com dores represadas

em seus próprios lamentos.


Hélverton Baiano é nome literário de Hélverton Valnir

Neves da Silva. Natural de Correntina, BA, radicado

em Goiânia. Jornalista, tem 12 livros publicados e

participação em antologias de contos, poesias e

crônicas. Vencedor, entre vários outros, do prêmio

Hugo de Carvalho Ramos de 2013 e 2015.



Antologia poetica Sala de Espelhos - poetas e poemas. (org. Chris Resplande)


Nela, mestres consagrados como Lêda Selma, Luiz de Aquino, Maria Helena Chein, Edival Lourenço, Sônia Elizabeth e Hélverton Baiano, autores que criam poesia sofisticada, lírica, dramática, romântica, cínica, provocativa, eventualmente irônica, estão reunidos neste livro a jovens talentosos como José M. Umbelino Filho, Kamilly Barros, Rafa Blat e muitos outros. Ao todo são 30 autores, não só de Goiás, mas de diversas partes do Brasil. Poetas que não cabem nas fronteiras de seus municípios, estados e país. Dialogam com o mundo e a internet favoreceu tal diálogo. Essa coletânea é fruto de um projeto que previu encontros entre autores via lives, onde apresentaram e comentaram seus trabalhos, agora reunidos em uma só iniciativa cultural.

A responsável por promover essa reunião poética foi a escritora, socióloga e advogada Chris Resplande, ela mesma uma das trinta vozes poéticas que povoam essas páginas. Se é verdade que nomes são destino, Chris Resplande carrega muita responsabilidade, sobretudo a partir do momento em que decidiu resplandecer por meio da literatura. Mais ainda, quando decidiu trazer consigo outras luzes. Afinal, quem escreve, mesmo que não reconheça imediatamente, escreve para brilhar, para resplandecer. Esse brilho pode ser um brilho humilde, pode ser um brilho pretencioso, pode ser um brilho evocativo, mas sempre será um brilho que derrama.


Ademir Luiz, Presidente da UBE Seção Goiás



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