por Manuela Cavadas
Transformo os sentimentos em palavras como forma de honrar todo amor que recebi da minha mãe, que partiu para a sua viagem astral no dia 27 de dezembro de 2021.
Villena, esteja onde estiver, estará sempre dentro de mim.
Minha alegria sofreu um abalo sísmico daqueles de maior magnitude.
Todas as estruturas foram atingidas e funciono em estado de alerta máximo
impedindo que um tsunami de tristeza inunde o meu ser.
A mãe é a figura que nos reconecta com a nossa essência.
É o colo e a consciência. É o limite e a imensidão.
Nutrição de amor maior, quando falta esperança.
Com ela, aprendi que nada se conquista no choro.
Que respeito não é medo. Que o tempo das coisas não é o das pessoas.
E, talvez, tenha nascido antes, para que não me esperassem.
Mas, o tempo, às vezes, é traiçoeiro. Parece que segue... mas, para.
E enquanto tudo segue seu curso: Eu congelo.
Com o tapa que a vida resolveu dar, renasci.
Vou reaprender a viver sem a sua presença física.
Tudo que era ela... Agora, sou eu.
Manuela Cavadas é Fotojornalista e Artista Visual.
Perfil: @instantaneas.manuelacavadas
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