um poema por Samuel da Costa
Escolho o pecado!
Encolho-me!
Fujo! Traio!
Minto para mim mesma!
***
Agora...
Já não sei mais quem realmente sou.
Aonde vou!
Se estou realmente viva!
Pelo menos penso que estou;
Que existo lânguida,
A vagar em uma outra...
Dimensão.
***
Tento fugir de mim mesma!
Escolho o pecado.
Afronto!
Magoo!
Quem me ama.
***
Escondo-me!
De tudo e de todos.
Na agonia de ser eu mesma...
Minto para mim!
***
Escondo-me...
Na sibilina bruma!
No outono da minha vida.
No outono dos decadentistas...
***
Contemplo o arrebol…
Em total êxtase!
Escuto a sinfonia idílica e ignota...
Ouço o madrigal ao longe.
***
Lembro-me de quem se foi...
E choro de saudades.
***
Escondo-me!
No meu mítico passado!
Finjo estar em outro lugar...
Finjo que me importo…
Com as outras pessoas!
Com alguém que diz me amar.
***
Aprisiono-me!
Em um mundo encantado,
um multi-verso quimérico!
Que construí somente para mim!
Minto para mim mesma.
Na esperança vã...
De me encontra comigo mesma!
Poema extraído do livro Solaris IV
(para adquirir: https://www.facebook.com/emnegraslinhas/?ti=as )
Samuel da Costa é poeta em Itajaí, Santa Catarina.
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